segunda-feira, 13 de junho de 2011

Comissão de Securidade Social e Família discutirá infanticídio em aldeias indígenas


Líderes indígenas pedem medidas urgentes para que acabem com a morte de crianças 


"Nós éramos gêmeos, minha própria tribo me condenou..Não fosse pelo sargento que me adotou eu estaria morto"
 Marcos Mayoruna -  índio que foi adotado por um sargento pois seria queimado vivo da mesma forma que mataram seu irmão.

   Crianças indígenas portadoras de deficiências ou com graves problemas de saúde são vítimas do crime de infanticídio (infanticídio - Artigo 123 do código penal – Matar recém nascido logo após o parto sob influência do estado puerperal), prática comum em muitas aldeias. O tema tornou-se grande preocupação desde o ano de 2007 quando uma CPI discutia subnutrição indígena e identificou o infanticídio como grande causa de mortes, no mesmo ano tramitou o Projeto de Lei n. 1057/07 apelidado de “Lei Muwaji” para proibir as tradicionais práticas danosas às crianças. O nome foi dado em homenagem a uma mãe da tribo Suruwahas que se rebelou contra a tribo e lutou pela vida de sua filha que seria morta por ser deficiente, para proibir as tradicionais práticas danosas às crianças

             Será exibido no início da audiência o documentário "Quebrando o silêncio", da jornalista Sandra Terena que mostra a história de índios adultos e crianças que sobreviveram à morte.

   No início deste mês a comissão de Direitos Humanos aprovou a proposta na forma de substitutivo, o texto torna obrigatória iniciativas dos órgãos responsáveis por políticas indigenistas para conscientizar quando por meio de estudos antropológicos, forem verificadas práticas de infanticídio, estupro, maus tratos ou agressões a integridade física e psíquica das crianças bem como de seus genitores.

                                                         Crianças Karajás
             ( Não resisto, tenho que exibir meus bebês, eles são anjinhos...)


                                           Criança Karajá brincando na Aldeia