sábado, 8 de setembro de 2012

"Their Silent Plea" Um lindo poema composto pelo Consul Geral da Africa do Sul no Brasil Sr. Yusuf Omar

      Foi com grande alegria e emoção que recebi o convite do Cônsul da África do Sul, Sr. Yusuf Omar, para uma reunião. Quando o conheci sabia que estava diante de uma alma iluminada.


Com o Consul Geral da África do Sul
Sr. Yusuf Omar
Renata Domingues Lima
       Sobrevivente do regime do Apartheid Yusuf Omar não teve a oportunidade de obter um título acadêmico como era de sua vontade. Ainda criança, devido ao regime de segregação racial, Apahtheid, viu seu pai ser levado a força e sua família ser separada, durante toda sua vida seguiu trabalhando e atuando por uma África do Sul justa.  Em suas próprias palavras diz que adquiriu conhecimento do jeito mais difícil e isto lhe deu um instinto e real entendimento das pessoas.
Yusuf Omar, Consul Geral da África do Sul
  
        





    Recebi diretamente dele um poema que ele  estava compondo há algum tempo, é com grande alegria que eu o publico. Nas duas primeiras partes ele discorre sobre seu amado continente africano, sobre o fato de que a África não tem representação permanente em órgãos que decidem sobre seu próprio destino. As outras partes do poema ele fala sobre o que Deus nos dotou em termos de nosso meio ambiente e como descuidadamente o mundo faz disso somente satisfação para suas necessidades, sem olhar para o resto.


Their Silent Plea

 Ruthless world

How many nations will you bar from your chambers of power this day
How many of their mouths will you deprive today
What more of their natural bounty will you squander
Will you return the smile to tinydesolate faces
Will you repay the gems that you stole from beneath their feet
Will you help silence growling bellies as you travel their lands for your delight
Will you cease standing on their shoulders so you can light up your name
Will you be gracious as you enter their domain
Will you rise with them to halt unthinking fools
Behold - our rising sun you can’t ignore
Listen - our united voices will you impede no more



 Selfish world

Look upon the child’s protruding bones. Look into their gloomy stare
Look upon the wilted breasts from which flows emptiness
Look upon remains of lifeless child whose existence was as faint as its cry
Look upon your life and ponder your portion
Will you sleep easy while precious life just wanes away


 Gluttonous world

Look toward the lush and splendour of the supreme creation.
Look at the bounty we hold for those to come
Look at the excess we deplete, trading grey for green for fleeting pleasures
Look how caring voices stay unheard
Will you sleep while lifeless brick and mortar consumes your heritage

 
 Deceiving world

Look back to times of might and power. Look now how you cower – brought to your knees by your conspires
Look how once you stood tall and look now how you kneel
Look back to innocent blood you spilt. With soiled hands you say this was for honour
Will you sleep now as good as before or will your nights bring you the turmoil that you forever sow

 
True world

This world is ours not just theirs
Give ear to our patrons of truth
Hear the call from voiceless mouths
Awake to this time of need
Endure the journey to bring an end to despair and strife
Lend hope to those who see no life
Give love to those abandoned
Shout out for those unheard
Share of the abundance that you have
Desist not in your toil for better
Pay heed to the deceit that most don’t see
Stand firm dear friend for what must be..
                              Yusuf Omar














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Tradução:



Seu apelo Silencioso

O mundo cruel

Quantas nações nos dias de hoje você vai barrar a partir de suas câmaras de poder?
Quantas de suas bocas você vai privar?
Quanto mais da sua bondade natural você vai desperdiçar?
Voce vai devolver o sorriso aos rostinhos desolados? Você vai pagar as jóias que voce roubou debaixo de seus pés?
Você vai ajudar a silenciar as barrigas que roncam, enquanto que a partir de suas terras voce viaja para seu deleite?
Você vai cessar, ficando sobre seus ombros de modo que você possa iluminar o seu nome?
Vai ser gracioso como quando você entra no seu domínio?
Você vai subir com eles para deter os tolos impensados?
Eis que - o nosso sol nascente você não pode ignorar
Escute - Nossas vozes unidas voce nao vai mais impedir




O mundo egoísta

Olhem para os ossos salientes das crianças. Olhe dentro de seus olhares sombrios
Olhe para os seios murchos do qual flui vazio
Olhem para restos de crianças sem vida, cuja existência era tão tênue como o seu grito..
Olhe para sua vida e pondere a sua parte
Você vai dormir facilmente enquanto a vida preciosa apenas vai embora?


O mundo glutão

Olhe para a exuberancia e o esplendor da criação suprema..
Olhe para a recompensa que temos para aqueles que virão
Olhe para o excesso que desperdiçamos, comercializando, trocando verde por cinza para negociações de prazeres
Olhe quantas vozes de chamados ficam ser serem ouvidas
Você vai dormir enquanto tijolos e argamassa sem vida consomem seu patrimônio?

O mundo enganador

Olhe para trás, para os tempos de força e poder. Veja agora como por suas conspirações você se acovarda. Olhe como uma vez ficava nas alturas e olhe agora como você se ajoelha
Olhe para trás para o sangue inocente derramado por você. Com as mãos sujas que você disse ter sido por honra
Você vai dormir agora tão bem quanto antes ou suas noites irao trazer-lhe as turbulências que você sempre semeou?

O verdadeiro mundo

Este mundo é nosso e não apenas deles.
Dê ouvidos aos nossos donos da verdade
Ouça o chamado das bocas sem voz
Desperte para este momento de necessidade
Suporte a jornada para trazer um fim ao desespero e à luta
Empreste esperança para aqueles que não vêem a vida
Dê amor aos abandonados
Grite por aqueles não ouvidos
Compartilhe da abundância que você tem
Desistir não está na sua labuta para o melhor
Preste atenção para o engano que a maioria não vê
Fique firme querido amigo para o que deve ser..
                                                              Yusuf Omar

Meus alunos, meus anjos
Renata Domingues